[FP] Viktor Dobrev

A HISTÓRIA

Viktor Dobrev, nascido em Salem, Massachussets. Filho de Viktoria Dobrev, que sozinha o criou e instruiu nas artes da bruxaria desde o início de sua vida, tornando-o naturalizado com todo o conceito envolvido. Porém, temendo por todos os poderes que o filho possuía, assim como a possibilidade de ele acabar expondo os dois, sua mãe tornou-se superprotetora com o tempo, e como reflexo a isso, Viktor tornou-se rebelde e impulsivo, porém nunca chegou a revelar o que eram. Afinal, ambos sabiam o motivo pelo qual os bruxos haviam deixado Salem a vários anos, os humanos não sabiam lidar com sua existência e muitos do povo de Viktor haviam morrido brutalmente por isso.
Durante sua infância e início da adolescência em Salem, Viktor não teve muitos amigos ou contato com o mundo exterior. Ele estudava em casa, não sabia socializar muito bem com outras pessoas e ás vezes gerava certos incidentes que faziam com que as pessoas se afastassem ainda mais, mesmo que ele sempre escapasse das consequências. Por isso ele e sua mãe acabaram se tornando apenas os malucos da cidade. Mas ele não se importava com isso, tendo sua mãe ao seu lado, nada mais importava. E isso foi o que lhe causou mais dor quando aquela noite chegou.
A existência de seres sobrenaturais como vampiros e lobisomens nunca foi um mistério para ele, sua mãe nunca lhe escondera nada e ainda por cima tinha certos contatos entre os núcleos de ambas as espécies que poderiam mantê-la informada sobre os principais acontecimentos por segurança. Mas nem mesmo isso bastou para mantê-los seguros quando o caos começou a se espalhar a partir do momento em que um número alarmante de humanos descobriu a existência das espécies sobrenaturais. E tal acontecimento não ajudaria em nada uma família considerada estranha e excêntrica numa cidade como Salem onde já houveram bruxos até demais no passado.
Chegando em casa depois de uma de suas caminhadas noturnas, Viktor foi recebido por sua mãe aflita, já tendo aprontado uma mala para ele, ordenando a ele que partisse o mais rápido possível. Algo na voz de sua mãe fez com que Viktor mesmo sem poder explicar o motivo disso, obedecesse sem questionar. Só não sabia que aquela era a última vez em que veria sua mãe e sua casa. Ela deu também a ele uma carta, dizendo que abrisse somente depois de sair da cidade. No fundo ele sabia o que ia acontecer, abraçou sua mãe com força, como não fazia desde criança. Assim partiu, sem rumo em seu destino e com lágrimas em seu rosto.
Não tinha ideia do que fazer, mas a flecha que de repente se fincara em seu ombro deu uma resposta a essa dúvida. Viktor correu como se não houvesse amanhã, sem nem ao menos saber quem estava atrás dele, mas sabendo que as opções eram fugir, morrer ou pior. Embarcou no primeiro ônibus que viu, sem olhar para trás, muito menos para onde ia e após o som de explosão a poucos metros do veículo, ele não foi o único a querer sumir dali rapidamente e em alta velocidade todo o ambiente em que passar a sua vida foi desaparecendo pela janela.
Lá, após um tempo e com seu ombro direito ainda sangrando, resolveu abrir a carta de sua mãe, que dizia:
"Meu amado filho, por favor não se sinta mal pela minha escolha mas quando estiver lendo isso eu já estarei morta. Permaneci em nossa casa para atrasar os caçadores que vinham atrás de nós, permaneci para que você pudesse sobreviver. Cada um tem uma missão nessa vida terrena, a minha foi mantê-lo a salvo e ensiná-lo tudo o que eu sei, para que então você pudesse descobrir a sua. Por isso eu o estou mandando para a cidade de Mystic Falls, onde o caos agora reina e os de coração nobre precisam de toda a ajuda que podem receber. Ajude-os meu filho, e ficará bem. Eu pude prever que você encontraria o transporte para lá, mas é só até aí que poderei ajudá-lo. A jornada agora é sua, mas eu ainda estarei com você, sempre."
Viktor tentou não chorar, mas por dentro tinha uma dor forte demais para suportar. Sempre havia se sentido solitário, mas pela primeira vez estava totalmente sozinho e não tinha com quem contar. Sua mãe morrera com honra, para mantê-lo a salvo e era nisso que ele iria se concentrar, para garantir que seu sacrifício não havia sido em vão.
O ônibus, como sua mãe havia previsto, era destinado a Mystic Falls. Ele já tinha um objetivo, precisava ajudar aqueles que procuravam defender a cidade e em troca talvez conseguisse sobreviver. Era o único plano que tinha, mesmo que não soubesse como colocá-lo em prática. Mas sua mãe estava certa, agora essa era a sua jornada.

Max (Apelido) -  oracle.guardian@outlook.com (e-mail)